[Enem 2012] O milho transgênico é produzido a partir da manipulação do milho original, com a transferência, para este, de um gene de interesse retirado de outro organismo de espécie diferente. A característica de interesse será manifestada em decorrência
- do incremento do DNA a partir da duplicação do gene transferido.
- da transcrição do RNA transportador a partir do gene transferido.
- da expressão de proteínas sintetizadas a partir do DNA não hibridizado.
- da síntese de carboidratos a partir da ativação do DNA do milho original.
- da tradução do RNA mensageiro sintetizado a partir do DNA recombinante.
[PUC-Rio 2012] A figura abaixo mostra como o DNA de uma determinada planta foi modificado de maneira que ela se tornasse resistente a um herbicida.
Com relação à técnica utilizada, é correto afirmar que:
- foram utilizadas enzimas de restrição no DNA da planta.
- algumas bactérias têm capacidade de transferir parte de seu material genético para o genoma de determinadas plantas.
- somente as plantas não infectadas por bactérias se tornaram resistentes ao herbicida.
- o plasmídeo corresponde à porção de DNA cromossômico das bactérias.
- ao contrário das bactérias, os vírus nunca são utilizados para introduzir genes em células no processo de formação de organismos transgênicos.
[PUC-Rio 2012]
Bactéria transgênica pode limpar água com mercúrio, diz estudo. Segundo a ONU, 6 mil toneladas de mercúrio vertem anualmente em rios. Solução facilitaria limpeza de áreas contaminadas com este metal. Bactérias transgênicas que suportam altas doses de mercúrio poderiam sanear seu entorno, facilitando a limpeza de áreas contaminadas com este metal, afirmam cientistas da Universidade Interamericana do Porto Rico. Segundo o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), anualmente, a indústria química e a mineração vertem 6.000 toneladas de mercúrio no ambiente. Esse metal, que pode entrar na cadeia alimentar, é muito tóxico, sobretudo na forma de metilmercúrio, para humanos e animais. Oscar Ruiz e seus colegas da Universidade Interamericana do Porto Rico consideram que as bactérias transgênicas que criaram são “uma alternativa” às custosas técnicas de descontaminação adotadas atualmente. Capazes de proliferar em uma solução contendo 24 vezes a dose mortal de mercúrio para bactérias não resistentes, as cepas transgênicas conseguiram absorver em cinco dias 80% do mercúrio contido no líquido, segundo estudo publicado em Londres pela BMC Biotechnology, revista científica que pode ser consultada gratuitamente na internet. As bactérias “Escherichia coli” se tornaram resistentes a altas concentrações de mercúrio, graças à inserção de um gene que permite a elas produzir metalotioneína, proteína que desempenha um papel de desintoxicação no organismo de ratos.Trata-se, segundo os cientistas, do “primeiro estudo” que prova que a metalotioneína “garante uma resistência ao mercúrio e permite sua acumulação na bactéria”, que o absorve. O mercúrio recuperado pelas bactérias nas áreas contaminadas poderia ser utilizado em novas aplicações industriais, segundo a equipe de cientistas. As bactérias transgênicas demonstraram, no estudo, ser capazes de extrair mercúrio de um líquido, de forma que “a primeira e principal aplicação poderia ser recuperar o mercúrio na água e em outros líquidos”, explicou Ruiz. Não se descarta seu uso a longo prazo para a descontaminação. “Temos idéias de como poderia funcionar”, afirmou Ruiz, convencido de que seria mais barato que os sistemas atuais.
(Portal de notícias G1 – Da France Presse – 18/08/2011 13h06).
Com base no texto, classifique as afirmativas como Erradas ou Corretas:
I – Na célula, o mercúrio pode causar a inativação de várias enzimas, proteínas estruturais ou processos de transporte. O mercúrio se liga a cisteína por ter afinidade à sulfidrila deste aminoácido.
II – Escherichia coli é um bacilo que recentemente foi indicado como responsável pelo grande número de mortes causadas na Europa. Apesar dos problemas causados, essa é uma bactéria muito comum no intestino humano, sendo causadora de patologias quando se dissemina em outros órgãos ou pela infecção com cepas diferentes daquelas normais do indivíduo.
III – O gene que codifica a metalotioneína foi inserido no núcleo da bactéria Escherichia coli.
IV – Escherichia coli é um vilão ambiental, apresentando apenas aspectos negativos aos organismos vivos.
- Apenas I e IV estão corretas.
- Apenas I e III estão erradas.
- Apenas II e IV estão corretas.
- Apenas III e IV estão erradas.
- Todas as afirmativas estão corretas.
[PUC-Campinas 2011]
Investigando o sistema olfativo dos camundongos, o biólogo brasileiro Fábio Papes, em parceria com o Instituto de Pesquisa Scripps, na Califórnia, notou que algo no odor exalado pelos predadores estimulava uma área nasal específica: o chamado órgão vomeronasal, uma estrutura formada por alguns milhares de células nervosas capazes de captar a informação química carregada pelo ar e transformá-la em impulsos elétricos, resultando nos impulsos cerebrais do medo.
Para descobrir se esse órgão participava apenas na identificação do cheiro dos predadores ou se atuava na identificação de outros odores desagradáveis, os testes foram repetidos expondo camundongos ao naftaleno, o principal componente das pastilhas de naftalina, liberado na queima da madeira e associado por animais ao odor do fogo. Tanto os roedores com vomeronasal ativo quanto os com órgão desativado (camundongos transgênicos), evitaram a gaze com naftaleno, sinal de que os neurônios desligados agiam na identificação dos inimigos naturais.
(Adaptado: Revista Pesquisa Fapesp, junho de 2010, p. 53)
De acordo com os resultados descritos no texto, é verdadeiro afirmar que
- os camundongos transgênicos seriam capazes de detectar predadores e também áreas onde há fogo.
- os resultados mostram que o órgão vomeronasal detecta especificamente a presença de naftaleno.
- o experimento não é conclusivo a respeito da capacidade de camundongos, normais e transgênicos, conseguirem detectar naftaleno.
- o experimento traz evidências de que o órgão vomeronasal detecta odores específicos de predadores.
- os camundongos transgênicos têm capacidades olfativas idênticas às dos camundongos normais.
[UEL 2011] Pesquisas recentes mostraram que células-tronco retiradas da medula óssea de indivíduos com problemas cardíacos foram capazes de reconstituir o músculo do coração, o que abre perspectivas de tratamento para pessoas com problemas cardíacos. Células-tronco também podem ser utilizadas no tratamento de doenças genéticas, como as doenças neuromusculares degenerativas.
A expectativa em torno da utilização das células-tronco decorre do fato de que essas células
- incorporam o genoma do tecido lesionado, desligando os genes deletérios.
- eliminam os genes causadores da doença no tecido lesionado, reproduzindo-se com facilidade.
- alteram a constituição genética do tecido lesionado, pelo alto grau de especialização.
- sofrem diferenciação, tornando-se parte integrante e funcional do tecido lesionado.
- fundem-se com o tecido lesionado, eliminando as possibilidades de rejeição imunológica.