[UFSM 2015] Alguns grupos de pesquisa brasileiros estão investigando bactérias resistentes a íons cloreto, como Thiobacillus prosperus, para tentar compreender seu mecanismo de resistência no nível genético e, se possível, futuramente transferir genes relacionados com a resistência a íons cloreto para bactérias não resistentes usadas em biolixiviação (um tipo de biorremediação de efluentes), como Acidithiobacillus ferrooxidans. Considerando as principais técnicas utilizadas atualmente em biologia molecular e engenharia genética, a transferência de genes específicos de uma espécie de bactéria para outra deve ser feita através
- de cruzamentos entre as duas espécies, produzindo um híbrido resistente a íons cloreto.
- da transferência para a bactéria não resistente de um plasmídeo recombinante, que contenha o gene de interesse previamente isolado da bactéria resistente, produzindo um Organismo Geneticamente Modificado (OGM).
- da transferência de todo o genoma da bactéria resistente para a nova bactéria, formando uma espécie nova de bactéria em que apenas o gene de interesse será ativado.
- da simples clonagem da bactéria resistente, sem a modificação da bactéria suscetível a íons cloreto.
- da combinação do genoma inteiro da bactéria suscetível com o genoma da bactéria resistente, formando um organismo quimérico, o que representa uma técnica muito simples em organismos sem parede celular, como as bactérias.
[UFSM 2015]
Fonte: AMABIS, José M.; MARTHO, Gilberto R. Biologia 2 – Biologia dos Organismos. São Paulo: Moderna, 2009. p. 59. (adaptado)
Um dos grandes empecilhos no desenvolvimento de drogas para o combate às doenças virais é a variedade de mecanismos de infecção, integração e replicação dos vírus. Os vírus são adaptados a tipos celulares e a hospedeiros específicos. A figura representa dois tipos de ciclos de vida de vírus (ciclos A e B).
A partir da figura, é correto afirmar:
- No ciclo apresentado em “A”, ocorre, após a produção de unidades virais na célula hospedeira (3′), a lise dessa célula (4′) e a liberação de novos vírions.
- No ciclo apresentado em “A”, o DNA viral não é liberado para o ambiente após a replicação.
- No ciclo apresentado em “B”, o material genético do vírus é injetado na célula (2), integrase ao DNA do hospedeiro (3), porém é replicado separadamente, originando vírions.
- No ciclo apresentado em “B”, o material genético do vírus integra-se ao DNA do hospedeiro (3), porém não ocorre a replicação dos seus genes, sendo o vírus inofensivo.
- No ciclo “A”, os vírions produzidos (4′) são incapazes de infectar novas células e, no ciclo “B”, os vírus são incapazes de replicar seu material genético.
[UFSM 2015] O Reino Vegetal ou Plantae é formado por organismos em geral fotossintetizantes que, possivelmente, originaram-se no ambiente aquático. A perfeita adaptação das plantas ao ambiente terrestre só foi possível graças ao surgimento de diversas novidades evolutivas. Sobre esse assunto, assinale a alternativa que contém apenas informações corretas.
- Os estômatos são aberturas reguláveis que auxiliam no controle da perda d’água na forma de vapor, estando presentes apenas nas angiospermas.
- Apenas hepáticas e antóceros possuem um sistema vascular verdadeiro, formado de xilema e floema; esse sistema permite a condução de água, sais minerais e produtos da fotossíntese a maiores distâncias dentro da planta.
- A cutícula é uma camada cerosa que auxilia as plantas, reduzindo as perdas d’água por evapotranspiração e protegendo-as da ação danosa dos raios U.V. do sol, e essa estrutura ocorre apenas nas gimnospermas.
- A fecundação intermediada pelo transporte do gameta masculino através de um tubo polínico reduz a dependência de água nas plantas, durante a reprodução, e é um fenômeno presente nas angiospermas.
- A redução da geração esporofítica (esporófito) e o aumento da geração gametofítica (gametófito) nas angiospermas permitiram seu sucesso reprodutivo no ambiente terrestre.
[UFSM 2015] Um menino apaixonado por peixes resolveu montar um aquário em sua casa. Em uma loja, adquiriu três espécies diferentes, levando em consideração o aspecto visual: peixe-palhaço (Amphiprion ocellaris, espécie marinha), peixe-anjo-imperador (Pomacanthus imperator, espécie marinha) e peixinho-dourado (Carassius auratus, espécie de água doce). Todas as espécies foram colocadas no mesmo aquário, que estava preenchido com água de torneira desclorada. As duas espécies marinhas incharam e morreram rapidamente, e apenas o peixe-dourado sobreviveu. Depois do ocorrido, o menino descobriu que os indivíduos das duas espécies marinhas morreram, porque a água do aquário funcionava como uma solução ________________ em relação aos seus fluidos corporais, ocorrendo um __________________________ que causou o inchaço por __________________________.
Assinale a alternativa que completa corretamente as lacunas do texto.
- hipotônica ─ desequilíbrio osmótico ─ absorção excessiva de água
- hipotônica ─ transporte ativo de minerais para fora de seus corpos ─ absorção excessiva de água
- hipertônica ─ desequilíbrio osmótico ─ perda de sais minerais e desidratação das espécies
- hipertônica ─ transporte ativo de minerais para dentro de seus corpos ─ absorção excessiva de água
- isotônica ─ desequilíbrio osmótico ─ perda de sais minerais e desidratação das espécies
[UFSM 2015] Muitos organismos são capazes de sobreviver em determinados ambientes, graças ao estabelecimento de interações ecológicas complexas e duradouras. Organismos do reino Fungi, por exemplo, podem estabelecer associações simbióticas específicas com organismos de diferentes reinos, tais como
- seres fotossintetizantes do reino Protista, formando associações micorrízicas com suas raízes.
- seres fotossintetizantes dos reinos Monera e/ou Protista, formando liquens.
- seres do reino Animalia, numa relação parasitária em que o fungo nutre-se de produtos da fotossíntese do hospedeiro.
- organismos procariontes do reino Protista, numa relação parasitária em que o fungo nutre-se do glicogênio fornecido pelo hospedeiro.
- seres heterotróficos do reino Protista, formando liquens.