Enzimas

por Experimentoteca
catalase e tripsina
Estrutura terciária das enzimas catalase (esquerda) e tripsina (direita).
Crédito das imagens: Vossman e Astrojan, Wikimedia Commons

Enzimas são moléculas responsáveis por catalisar (ou seja, aumentar a velocidade) das reações químicas que fazem parte do metabolismo dos seres vivos. Na ausência de enzimas, essas reações ocorreriam tão lentamente que impossibilitariam a existência de vida.

Cada enzima catalisa uma determinada reação química. Seguem alguns exemplos:

  • Amilase salivar → enzima presente na saliva, responsável por catalisar a digestão do amido (um polissacarídeo) em glicose (um monossacarídeo).
  • Catalase → enzima presente nas células da maioria dos seres vivos, responsável por acelerar a decomposição da água oxigenada (peróxido de hidrogênio) em água e oxigênio.
  • Pepsina → principal enzima produzida pelo estômago, é responsável por catalisar a digestão das proteínas
  • Lactase → enzima produzida no intestino dos mamíferos para auxiliar a digestão da lactose, um carboidrato encontrado no leite.
  • DNA polimerase → enzima que catalisa a duplicação do DNA

Enzimas podem ser responsáveis por catalisar reações que ocorrem dentro ou fora das células. A DNA polimerase, por exemplo, atua no interior das células. Já a pepsina é uma enzima secretada pelas células da parede do estômago e que faz parte da composição do suco gástrico.

A grande maioria das enzimas é de natureza proteica. Sua estrutura terciária apresenta um sistema tipo chave-fechadura que garante que a enzima somente vai se combinar ao substrato (também chamado de reagente) para o qual é específica. Uma vez combinados, o complexo enzima-substrato dá origem ao produto da reação e a enzima é liberada, inalterada. Desta maneira, uma única molécula de enzima pode ser reutilizada inúmeras vezes, pois ela não é “gasta” durante a reação.

Esquema de uma enzima envolvida em uma reação de digestão, onde a molécula de substrato é “quebrada” em moléculas menores.
Esquema de uma enzima envolvida em uma reação de síntese, onde moléculas de substrato são combinadas em uma única molécula de produto.

Cada enzima trabalha melhor em uma determinada faixa de temperatura e pH. Em temperaturas baixas, as enzimas param sua atividade. Sob temperaturas muito altas, como qualquer proteína, as enzimas desnaturam-se e perdem sua função permanentemente.

Velocidade de reação enzimática em função da temperatura (gráfico à esquerda) e do pH (gráfico à direita).

Experimento relacionado:

Ação da enzima catalase

A falta de uma única enzima pode comprometer o funcionamento do metabolismo. A fenilcetonúria, por exemplo, é uma doença causada por um defeito na enzima fenilalanina hidroxidase. Normalmente essa enzima catalisa a conversão do aminoácido fenilalanina em outro aminoácido, a tirosina. Porém, devido a uma mutação genética bastante rara, algumas pessoas produzem moléculas de fenilalanina hidroxidase defeituosas, incapazes de cumprir sua função. Como resultado, o organismo dessas pessoas acumula o aminoácido fenilalanina em excesso, o que causa convulções e retardo mental. Hoje esta doença pode ser detectada logo ao nascer, por meio do “teste do pezinho”. Embora ainda não exista uma cura, a doença pode ser controlada reduzindo-se o consumo de alimentos que contêm fenilalanina.

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